A definição e implementação de políticas públicas na área de cibersegurança, transversais às diferentes organizações da União Europeia, são uma urgência para as sociedades modernas e globalizadas. O apelo foi feito esta quarta-feira, dia 17 de maio, por Joaquim Brigas, presidente do Instituto Politécnico da Guarda – IPG, durante a Conferência Internacional de Cibersegurança, que decorreu no Auditório dos Serviços Centrais do IPG.
“Os estados e organizações na União Europeia têm de colocar a cibersegurança no topo da sua agenda política”, afirmou Joaquim Brigas. “É urgente tomar decisões políticas que promovam a defesa dos sistemas informáticos. A cibersegurança é hoje parte integrante e central das estratégias de desenvolvimento de todos os países – e Portugal não se pode atrasar neste desafio”. O presidente do IPG acrescentou ainda que “a transição digital é, a par com as transições Climática e Energética, um eixo estrutural da nossa existência e da nossa viabilidade enquanto civilização mundial”.
Além da intervenção de Joaquim Brigas, a sessão inicial contou com a participação de Carlos Brigas, professor do IPG e diretor da unidade técnico-científica de Informática, e de Ana Margarida Fonseca, diretora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG. De seguida, procedeu-se à cerimónia de entrega de certificados de conclusão do curso de Fundamentos de Redes e Sistemas, no âmbito do programa C-Academy.
“Atualmente há uma grande procura de alunos formados na área de engenharia informática e em particular na área da cibersegurança devido ao aumento dos ciberataques e também pela consciencialização da necessidade de proteção de dados e dos sistemas por parte das empresas”, afirma Carlos Brigas. “O IPG está a adaptar a sua oferta formativa para responder a esta procura e a criar ambientes de partilha de conhecimento e de boas práticas na área da Cibersegurança, como este congresso”.
Para além do Curso Técnico Superior Profissional em Cibersegurança e das formações em parceria com a Fortinet e com o Centro Nacional de Cibersegurança, o IPG avançou com um mestrado, que se encontra em aprovação junto da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior em Portugal.
Segundo Ana Margarida Fonseca, iniciativas como esta são muito importantes para aproximar as organizações do meio académico. “Para além de discutir a cibersegurança, um tema transversal a todas as áreas de conhecimento, este congresso promove a cooperação e a partilha de conhecimento entre alunos, empresários, especialistas, docentes e investigadores. É uma rede que permite alargar horizontes pelas diferentes visões que serão apresentadas”.