Este projeto insere-se no âmbito da linha de investigação sobre a territorialização do envelhecimento, ou seja, como os territórios e os seus recursos humanos e materiais respondem ao envelhecimento da sua população e às problemáticas e necessidades atuais e futuras dos indivíduos, que tem sido desenvolvida nas formações graduadas e pós-graduadas do IPCB, incorporando também investigação já desenvolvida por outros IP, nas regiões dos copromotores. Este consórcio gerando sinergias justifica-se tanto pela implantação no ecossistema a estudar, como pelas diferentes valências da equipa que vão ao encontro dos objetivos delineados. As estratégias de intervenção na área do envelhecimento devem ter por base evidência científica pelo que pretendemos conhecer os processos e os perfis de envelhecimento das comunidades do interior, tanto rurais, como urbanas, através da avaliação multidimensional no sentido de definir o seu perfil social, funcional e dos recursos disponíveis, bem como identificar as necessidades sentidas e expressas das organizações da população abrangida.
O principal objetivo é a construção de conhecimento que responda aos desafios das alterações demográficas sentidas nas regiões dos copromotores e se constitua como motor de uma estratégia de desenvolvimento regional partilhada e construída através da mobilização dos diferentes parceiros (IES, autarquias, unidades de saúde, IPSS, outras entidades e agentes e sociedade em geral), tanto no diagnóstico como na avaliação das propostas e disseminação/aplicação dos resultados. As estratégias de intervenção devem apelar para abordagens multidisciplinares e intersectoriais integradoras que possam organizar-se à volta dos eixos social, organizacional e tecnológico.
Pretende-se elaborar instrumentos e propostas de apoio ao desenvolvimento de políticas territoriais de envelhecimento e de resposta às necessidades da população e das organizações locais (construção de instrumentos; construção de uma base de dados georreferenciados dos idosos e equipamentos e soluções que promovam a utilização das tecnologias digitais e assistidas e de apoio capazes a qualidade de vida dos idosos e que se reflita em maior autonomia e também construção e desenvolvimento de programas que promovam a integração, participação e implicação das pessoas idosas na vida local e no desenvolvimento dos territórios.