Caros novos alunos do Politécnico da Guarda,
Estimados alunos que já frequentam as escolas do IPG há mais tempo,
Caros dirigentes
Caros colegas professores e investigadores,
Caros funcionários,
Cara presidente da Associação Académica da Guarda,
Hoje é dia de festa, por isso vou tentar ter o discurso menos institucional.
Na verdade, tenho duas mensagens para transmitir: A primeira, é dizer a quem chega que entraram num projeto académico que se distingue, sempre se distinguiu, por ajudar os novos estudantes a integrarem-se nas suas escolas e, também, nas cidades da Guarda e de Seia.
Muitos destes estudantes chegaram há menos de dois meses de outras regiões do país, alguns vindos de outros países, e, por isso, todos nos devemos empenhar no seu bom acolhimento e na sua boa integração. Este “todos” engloba estudantes, engloba docentes, investigadores e funcionários.
A Associação Académica da Guarda tem tido um papel extraordinário nesta dinâmica e, seguramente, irá continua a desempenhá-lo.
É que não se trata só de integrar os colegas na vida social da academia e da cidade. É também muito importante mobilizar cada vez mais estudantes para as formações que, nas escolas do IPG, temos desenvolvido para, no final das licenciaturas ou dos mestrados, promover boas saídas profissionais aos nossos estudantes – e também boas entradas no mercado de trabalho!
Ora, isto liga diretamente à segunda mensagem que tenho para transmitir.
Essa mensagem é que, para mim, é um privilégio liderar o Politécnico da Guarda no período mais vibrante da sua história. Isto é mérito dos docentes destas escolas, assim como é mérito dos seus estudantes presentes e anteriores. E é também mérito dos seus funcionários.
É graças aos seus docentes, funcionários e investigadores que o IPG tem hoje: um maior número de cursos, maior número de docentes, maior número de funcionários e um bom crescimento do número de alunos.
Neste ano de 2022 o Politécnico da Guarda foi a terceira instituição de ensino superior o país que mais cresceu percentualmente em número de vagas para o ano letivo 2022-2023. Esgotámos nove cursos.
Nunca como hoje o Politécnico trilhou de forma tão segura os caminhos da ciência e da produção, difusão e transferência de conhecimento para a sociedade e para a economia.
Nunca como hoje, o Politécnico da Guarda foi uma máquina tão poderosa de criar emprego qualificado e orientado para as necessidades do mercado.
Hoje, em qualquer das quatro escolas do IPG, os alunos veem multiplicar-se as oportunidades de integrarem o seu estudo e a sua aprendizagem com o mercado de trabalho, com as instituições, com as organizações, autarquias e empesas para começarem a aplicar os seus conhecimentos no mundo real.
Esta é, aliás, a grande riqueza do ensino politécnico. É hoje essa a grande vantagem competitiva do Politécnico da Guarda.
E, no futuro próximo, se tudo correr bem com o diploma que está em debate na Assembleia da República, será a grande vantagem competitiva da Universidade Politécnica da Guarda.
Sem vos querer maçar, permitam-me só que recorde as academias que a Forntinet e a NOESIS estão a promover no Politécnico da Guarda, dedicadas à cibersegurança, em parceria com os nossos docentes e investigadores.
Permitam-me que recorde também o Laboratório Colaborativo em Logística – CoLAB LogIN, concebido e coordenado pelo IPG, envolvendo entidades publicas e privadas, sobretudo da região, e financiado em 1,3 M €.
Ou seja, o IPG irá ser um dos principais centros formadores a nível nacional, quer de cibersegurança, quer de logística.
Mas é também a sede da região Centro do Observatório Nacional do Envelhecimento.
O IPG acaba de entrar na Rede Portuguesa das Universidades Promotoras de Saúde.
Ao mesmo tempo, formou e continua a formar dezenas de quadros para trabalharem em áreas de programação, na terceira edição do “UpSkills”.
O IPG passou também a integrar a Rede CRUSOE, uma organização de universidades e politécnicos portugueses e espanhóis do SW europeu, dedicada à Investigação e Desenvolvimento.
Participará em trabalhos científicos e terá programas de mobilidade académica.
Em outubro quatro investigadores do Politécnico da Guarda estiveram em Turim num encontro da REDE UNITA, para apresentarem os seus contributos científicos nas áreas do envelhecimento ativo, das migrações e das energias renováveis.
A UNITA – Rede de Universidades Europeias – é uma aliança que une instituições de ensino superior de Portugal, Espanha, França, Itália e Roménia que têm em comum a localização em zonas transfronteiriças e de montanha.
Eu e o vice-presidente Manuel Salgado estivemos em Bruxelas este mês, com os reitores das universidades da UNITA, para ultimar a candidatura do IPG à UNITA 2.0.
Enquanto isto, o IPG está a criar uma incubadora de base tecnológica, desnuclearizada, para já com cinco municípios da região da Guarda.
Com isto, cria oportunidades de empreendedorismo para os estudantes da região e atua, diretamente, no desenvolvimento do território na nossa área de influência.
Apenas a título de exemplo, ainda a semana passada foi apresentada na Fundação Champalimaud a “Recover:” é uma aplicação desenvolvida no IPG para tratar doentes com sintomas prolongados de Covid-19.
O projeto é financiado por uma farmacêutica norte-americana e conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República!
Não há semana em que não seja notícia a investigação desenvolvida pelo IPG, individualmente ou em parceria.
Ao mesmo tempo o IPG integra um projeto (de 16,5 milhões) para capacitar população ativa: o “Living the Future Academy” é liderado pela Universidade de Coimbra e financiado pelas verbas europeias do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR.
Também financiada com 4,7 milhões do PRR é a “Rede Politécnica A23”, na qual os politécnicos da Guarda, de Castelo Branco e de Tomar se organizaram para levarem aos territórios do Interior formações destinadas à qualificação e capacitação de adultos e de jovens nas áreas de proteção de pessoas e bens, bem como nas competências digitais.
Em suma, são muitos, muitos projetos. É difícil mencioná-los todos.
Tudo graças ao empenho de professores e investigadores desta instituição.
Em resumo, meus caros estudantes, o que vos quero dizer é que, tendo vindo estudar para cidades do Interior como Guarda e Seia, vós entrastes num Politécnico que se soube transformar num mar de oportunidades científicas e profissionais para os seus estudantes, para os seus docentes e para os seus investigadores!
Em Portugal, se hoje há um sítio onde vale a pena estudar, aprender, introduzir qualificação, conhecimento e ciência no território – é aqui, no Politécnico da Guarda.
Isso deve-se ao talento dos seus professores, ao excelente trabalho dos seus funcionários e à qualidade dos seus alunos.
Para este ano letivo, o que vos quero desejar a todos é muito estudo.
Muita ciência.
E muito trabalho colaborativo.
Tenham uma tarde divertida!
Muito obrigado!