Joaquim Brigas foi reeleito, dia 2 de junho, pelo Conselho Geral do Instituto Politécnico da Guarda – IPG para mais quatro anos à frente desta instituição de ensino superior, tendo recolhido 25 votos dos 29 conselheiros presentes. O seu programa para o novo mandato prevê “reforçar as parcerias com empresas, com unidades de saúde, com escolas, com autarquias, com IPSS, com clubes desportivos, com órgãos de comunicação, etc., para realizar formações que valorizem e que qualifiquem o capital humano, permitindo ao Politécnico da Guarda crescer com toda a região”.
Para Carlos Martins, presidente do Conselho Geral do IPG, “a reeleição de Joaquim Brigas como presidente do Politécnico da Guarda significa a continuidade de um projeto de reposicionamento e de afirmação do IPG ao nível regional e nacional”. Segundo Carlos Martins, “este projeto tem permitido a este Politécnico, não só crescer no número de alunos e na oferta formativa, como promover a coesão territorial e a competitividade empresarial”.
Na apresentação do seu programa de ação, Joaquim Brigas comprometeu-se com a qualificação letiva e científica do Politécnico da Guarda, “continuando a proporcionar aos investigadores e docentes melhores condições de produção de conhecimento e, aos estudantes, perspetivas de sucesso na passagem à vida ativa”. O projeto do presidente reeleito está focado “numa permanente abertura ao exterior, reforçando o IPG como o principal motor de rejuvenescimento e de qualificação do tecido social, económico e cultural da região da Guarda”.
25 licenciaturas, dez mestrados, quatro pós-graduações
Carlos Martins concorda com o aprofundamento da interação do Politécnico com o tecido empresarial, social e cultural do Interior do país. “Espero que neste novo mandato a presidência do IPG mantenha diálogo permanente com as estruturas empresariais e com as câmaras municipais da região no momento de definir os cursos, adaptando as formações às necessidades da região”, declarou Carlos Martins. “A reativação das relações com os agentes locais já permitiu descentralizar as ofertas do IPG, levando as suas formações para mais próximo das pessoas, como aconteceu em Vila Nova de Foz Côa ou em São João da Pesqueira”.
Nos últimos quatro anos verificou-se a diversificação de atividades desenvolvidas pelo IPG com a Comunidade Intermunicipal da Beiras e Serra da Estrela, com a Associação de Municípios da Cova da Beira e com o Núcleo Empresarial da Região da Guarda. Foram deslocalizados cursos profissionais para vários municípios da região da Guarda, ao mesmo tempo que as quatro escolas do Politécnico desenvolviam pós-graduações em parceria com diversas entidades, requalificando quadros e promovendo a empregabilidade de novos profissionais.
Em quatro anos entraram em funcionamento seis novas licenciaturas no Politécnico da Guarda, após mais de uma década de estagnação na oferta educativa. Atualmente, o IPG tem 25 licenciaturas, dez mestrados e quatro pós-graduações, para além de 41 CTeSP (cursos técnicos superiores profissionais) registados. A A3ES (a agência de avaliação e acreditação do ensino superior em Portugal) acreditou em 2023, por seis anos, o Sistema Interno de Garantia da Qualidade do IPG.
Atrair estudantes de fora da região e do país
Para os próximos quatros anos, Joaquim Brigas considera prioritário recrutar muitos estudantes fora da região, nomeadamente no estrangeiro, “pois a demografia assim o obriga”. O presidente do Conselho Geral do IPG já se declarou seu aliado nos esforços para atrair mais estudantes, não só dos Países Africanos de Língua Oficinal Portuguesa, mas também da América Latina e de outros países europeus. “Intensificar as ligações com as instituições de ensino superior europeias – sobretudo as espanholas, pela proximidade transfronteiriça – é muito importante para a afirmação do Politécnico da Guarda além-fronteiras e para atrair mais estudantes, docentes e investigadores para as suas escolas”, afirmou Carlos Martins.
Um instrumento fundamental para acolher estudantes de fora da Guarda são as residências universitárias, um capítulo em que o Governo ainda não correspondeu aos apelos do IPG. “Precisamos de construir com urgência, dentro e fora do nosso campus na Guarda, novos edifícios que deem resposta à carência das residências para estudantes”, disse Joaquim Brigas.
A par desta prioridade, o presidente reeleito está mobilizado para obter financiamento e construir uma nova Escola Superior de Saúde no campus do IPG: “O sucesso dos cursos desta escola já desatualizaram as atuais instalações há vários anos”, afirmou Joaquim Brigas. “São precisas novas instalações”.