Fotografia por Rita Santana.
O Instituto Politécnico da Guarda – IPG criou dois robôs atores semiautónomos para integrarem uma peça de teatro. A companhia “O Bando” desafiou o Laboratório de Robótica do IPG para conceber duas novas personagens interativas para a peça “Nómadas”, a qual integra o projeto europeu “Play-On” que visa trazer as novas tecnologias digitais para o mundo do espetáculo.
“Os robôs são uma nova forma de expressão para termos um outro tipo de personagem em palco”, afirma Carlos Carreto, professor responsável pelo Laboratório de Robótica do IPG. “São uma oportunidade para explorar novas possibilidades de expressão artísticas e refletir sobre a relação entre humanos e máquinas, o futuro da tecnologia e o seu impacto na sociedade. É iniciativa pioneira em Portugal”.
Aliar as novas tecnologias ao mundo artístico é mais um passo dado pela academia para estimular a inovação em Portugal. O Politécnico da Guarda concebeu estas novas personagens em acrílico e com uma dimensão de aproximadamente 65 centímetros. São semiautónomos e controlados por um operador nos bastidores.
A peça de teatro “Nómadas” – onde os dois robôs criados pelo IPG partilham o palco com mais duas atrizes – é inspirada numa das histórias de “Viagens” da escritora polaca Olga Tokarczuk, Nobel da Literatura em 2019. Está em cena até meados de maio em Vale de Barris, Palmela.